sexta-feira, outubro 29

O Embaixador do Blues

Willie Dixon

William James Dixon, nasceu em 1 de julho de 1915, em Vicksburg, Mississippi, Estados Unidos. Foi produtor musical, cantor, compositor e, o que poucos sabem, baixista, além de uma das mais importantes figuras do blues. Seu estilo serviu de inspiração para a nova geração surgida com o Rock and Roll. Morreu em 29 de janeiro de 1992, aos 76 anos, em Burbank, California. 


Dixon é considerado a personificação da evolução do blues, a partir de uma criação acidental de descendentes de escravos libertos de uma parte reconhecida e vital da herança musical dos Estados Unidos. Suas canções foram interpretadas por grandes artistas e bandas, como Bob Dylan, Rolling Stones, The Doors, The Allman Brothers Band e The Greateful Dead. 


Era o sétimo de catorze filhos e sua maior influência veio de sua mãe Daisy, que tinha o hábito de rimar tudo o que falava, mania que Dixon imitou, fazendo rimas com suas palavras. Com apenas 7 anos, ele se tornou um admirador de uma banda onde tocava o pianista Little Brother Montgomery. Foi introduzido ao Blues na adolescência, no Mississipi. Aprendeu a cantar ainda adolescente, com um carpinteiro chamado Leo Phelps. Dixon cantou no grupo de Phelps, o "Jubilee Singers" onde, por sua tessitura vocal, fazia o baixo. Tratava-se de um quarteto gospel local, que cantava regularmente na estação de rádio Vicksburg WQBC. Dixon começou a adaptar poemas escritos para canções, chegando a vender alguns deles a grupos musicais locais.


Saiu do Mississippi para Chicago (Illinois), em 1936. Era forte, alto e, por isso, foi lutador de boxe. Como pugilista ganhou o campeonato "Illinois State Golden Gloves Heavyweight Championship (Novice Division)", em 1937, aos 22 anos de idade. Foi em um ginásio de boxe que Dixon encontrou o pianista de blues e guitarrista, Leonard "Baby Doo" Caston, que fez com que Dixon levasse a música a sério. Caston construiu pra ele, seu primeiro baixo, feito de lata e uma única corda. Nesta época também descobriu a guitarra.


A esta altura, a vocação de Dixon como boxeador estava em cheque e agora era duvidosa. Começou, então, a atuar musicalmente em torno de Chicago. Em 1939, foi membro fundador da "Five Breezes", junto com Caston, Joe Bell, Jimmie Dale Gilmore e Hawthorne Willie. O grupo misturava blues, jazz e harmonias vocais, seguindo o mesmo rumo do "The Ink Spots". Dixon já havia progredido muito no contra-baixo, mas veio o advento da Segunda Guerra Mundial. Ele resistiu em ir à guerra e acabou preso por dez meses, o que provocou uma interrupção brusca em sua carreira musical. Quando a guerra acabou, ele formou um grupo chamado "Four Jumps of Jive". Mais tarde se uniu novamente à Caston, formando o "Big Three Trio", que passou a gravar pelo selo Columbia Records.


Tempos depois assinou com a Chess Records (subsidiária da Checker Records) como artista, mas começou a atuar menos e tornou-se mais envolvido com a gravadora. Em 1951, ele era um "trabalhador em tempo integral" e atuou como produtor, caçador de talentos, músico e compositor. Ele também foi  produtor do selo. Dos anos de 1948 até o início dos anos 1960, sua produção e influência foram prodigiosas. Do final de 1956 a início de 1959, ele trabalhou com igual competência para a Cobra Records, onde produziu singles de Otis Rush, Magic Sam e Buddy Guy. Do final dos anos 1960 até meados da década de 1970, Dixon trabalhou por e para sua própria gravadora, a Yambo Records, junto com dois rótulos subsidiários: Supremo e Spoonful. Ele lançou seu álbum em 1971, sob o título "Willie Dixon's Peace?", pelo selo próprio Yambo, bem como singles pela McKinley Mitchell, Lucky Peterson e outros.


Em seus últimos anos, Dixon tornou-se um embaixador incansável do blues e um defensor de seus praticantes. É fundador da Blues Heaven Foundation, organização que trabalha para preservar o legado do blues e garantir os direitos autorais e royalties para os músicos de blues, que foram explorados no passado. Falando com eloquência simples, marca de suas canções, afirmou: "O blues é a raíz e as outras músicas são os frutos. É melhor manter as raízes vivas, porque isso significa frutos melhores a partir de agora. O blues é a raíz da música americana."


Era diabético e sua saúde deteriorou-se cada vez mais durante os anos 1970 e 1980, principalmente por causa da doença, e uma de suas pernas teve que ser amputada. Esteve presente na sessão de abertura da cerimônia da Fundação Blues, e foi para o Hall Blues of Fame em 1980. Em 1989 ganhou o Grammy Award por seu álbum, "Hidden Charms".


Dixon morreu de parada cardíaca, em Burbank, California, em 29 de janeiro de 1992 e foi enterrado no Cemitério de Oak Burr, em Alsip, Illinois. Foi postumamente introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em "primeiras influências" (pré-rock) categoria introduzida em 1994.


Discografia:
  • 1959 Willie's Blues (Bluesville)
  • 1960 Blues Every Which Way (Verve)
  • 1960 Songs of Memphis Slim and "Wee Willie" Dixon (Folkways)
  • 1962 Memphis Slim and Willie Dixon at the Village Gate (Folkways)
  • 1963 Baby Please Come Home! (Battle)
  • 1970 I Am The Blues (Columbia)
  • 1971 Willie Dixon's Peace? (Yambo)
  • 1973 Catalyst (Ovation)
  • 1976 What Happened To My Blues (Ovation)
  • 1983 Mighty Earthquake and Hurricane (Pausa)
  • 1985 Willie Dixon: Live (Pausa)
  • 1988 Hidden Charms (Bug)
  • 1989 Ginger Ale Afternoon (Varèse Sarabande)
  • 1990 The Big Three Trio (Legacy)
  • 1995 The Original Wang Dang Doodle: The Chess Recordings (Compilação - MCA)
  • 1996 Crying the Blues: Live in Concert (Thunderbolt) Ao vivo com Johnny Winter e Chicago All Stars
  • 1998 Good Advice (Wolf) Ao vivo com Chicago All Stars
  • 1998 I Think I Got the Blues (Prevue)
  • 2001 Big Boss Men - Blues Legends of the Sixties (Indigo - UK)
Textos e Fontes:
http://www.findagrave.com/cgi-bin/fg.cgi?page=gr&GRid=4156
http://allmusic.com/artist/p332
Snowden, Don (1997)
Wickipedia
Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani


Agradeço ao amigo Clayton Sales pela valiosa dica.
A lenda merece dois vídeos aqui no nosso Blog. No primeiro vídeo tocando baixo acústico magistralmente e, no segundo, em um blues impecável, "on the acoustic guitar".
Curtam o embaixador do blues.















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Mestre do "Pizzicato"

Rocco Prestia

Francis "Rocco" Prestia, tem 59 anos de idade, nasceu em Sonora, California, Estados Unidos, em 7 de março de 1951 e é um dos mais importantes instrumentistas da história da música mundial. Baixista da lendária banda de funk "Tower Of Power", também atuou ao lado de importantes figuras do cenário musical, como o lendário Jaco Pastorius e James Jamerson.


Rocco começou a tocar guitarra ainda adolescente. Fez teste como guitarrista para a banda de Emilio Castillo, a Tower Of Power, mas o poder de convecimento de Castillo foi grande e Rocco acabou mudando para o baixo elétrico, para nossa alegria. Entre Rocco e o bateirista David Garibaldi, a conexão foi imediata e, pode-se dizer, incendiária. Os dois estabaleceram um dos mais originais e influentes ritmos da música, com a bateria rápida de Garibaldi e a abordagem inovadora de Rocco, que fazia uma 'batida' seca e percussiva no contra-baixo. O resultado da fusão entre os dois instrumentos definiu o som característico e marcante da banda, junto com os "metais".


Rocco atuou na Tower Of Power por 3 décadas quando teve que parar em 2001, porque ficou seriamente doente. Fãs e amigos criaram uma fundação para ajudar a pagar as despesas médicas do artista. Em 2002 foi submetido à uma bem sucedida cirurgia de transplante de fígado e, desde então, vem retomando suas atividades profissionais gradualmente. 


Ele construiu um dos pilares que sustentam o baixo elétrico moderno. É um mestre do "funk fingerstyle" (que utiliza o pizzicato), uma técnica que ele interpreta de maneira muito pessoal, usando muitas ghost notes (notas-fantasma) e stacatos fazendo com que o instrumento pulse no groove da banda, o que torna seu som inconfundível.


Com Stanley Clarke, Jackson e Anthony Johnson Alphonso, "Rocco" Prestia pertence à geração de baixistas que, alguns anos antes, tornou possível a grande revolução no baixo elétrico que Jaco Pastorius começou, com as suas inovações em meados de 1970 . A influência da música de Jaco sobre Rocco é grande, o que ele demonstra abertamente, em faixas clássicas dos discos da Tower of Power, como o hit de 1973 "What is Hip". Rocco também cita James Jamerson e os vários músicos que trabalharam para James Brown (particularmente Bootsy Collins - em breve aqui no Blog), como suas principais influências.


Diz Rocco, sorrindo, em seu site: "Esta vida é um processo tão surpreendente. Eu fui abençoado em tantos níveis, que não consigo contá-los todos. Meu talento não me define - isso é um trabalho para as outras pessoas. Mas é melhor que o façam rápido, porque eu posso não viver tempo suficiente!"


"Ver e ouvir Rocco tocar é como voltar para a escola. Ele é o Mestre." (John Patitucci)


Discografia:


Com a Tower Of Power
  • 1970 East Bay Grease 
  • 1972 Bump City 
  • 1973 Tower of Power 
  • 1974 Back To Oakland 
  • 1975 In The Slot 
  • 1975 Urban Renewal 
  • 1976 Live and in Living Color 
  • 1976 Ain't Nothin' Stoppin' Us Now 
  • 1978 We Came to Play 
  • 1979 Back on the Streets 
  • 1988 Power
  • 1991 Monster On A Leash 
  • 1993 T.O.P.
  • 1995 Souled Out 
  • 1997 Rhythm & Business
  • 1997 Direct Plus 
  • 1999 Soul Vaccination Live 
  • 2000 Dinosaur Tracks
  • 2003 Oakland Zone 
  • 2009 The Great American Soul Book
Como artista solo, Rocco gravou apenas um álbum, em 1999, chamado "Everybody On The Bus!"



Textos e Fontes:
www.roccoprestia.com
Wickipedia
Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani


Abaixo dois links: no primeiro Rocco fala um pouco sobre sua fantástica técnica. No segundo, tocando com Tower Of Power. Enjoy!














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quarta-feira, outubro 27

"Sir" Contra-Baixo

John Paul Jones (John Baldwin)

John Baldwin, mais conhecido como John Paul Jones, nasceu em 3 de janeiro de 1946, em Sidcup (Kent), na Inglaterra. Foi baixista e tecladista do Led Zeppelin até o fim da banda, que acabou depois da morte do bateirista John Bonham. É compositor e arranjador, além de tocar guitarra, bandolim, koto, harmônica e ukulele. O "padrinho" do nome artístico dado a Paul Baldwin, é o produtor e amigo Andrew Loog Oldham, que tendo visto um cartaz de cinema em Paris com o nome "John Paul Jones", gostou e o sugeriu a Baldwin. Sabe-se John recebeu o título de "Sir", mas o fato não é citado nem no website oficial do instrumentista.


John aprendeu a tocar teclado com o pai, pianista de grandes orquestras nas décadas de 1940 e 1950. Aos 14 anos já era organista e diretor do coro da igreja local e foi nessa época que comprou o primeiro baixo elétrico. Aos 15 anos já tocava na primeira banda: "The Deltas". Neste período também tocou com uma banda de jazz-rock de Londres, a "Jet Blacks".


Em 1962 tocou baixo elétrico com Jet Harris e Tony Meehan, recém-saídos da "The Shadows", permanecendo no grupo por 2 anos. De 1964 a 1968, John foi muito procurado para tocar baixo e teclados com artistas como os Rolling Stones, Herman's Hermits, Donovan, Jeff Beck, Cat Stevens, Rod Stewart, entre outros.


Foi durante as gravações de "Hurdy Gurdy Man", de Donovan, que John conheceu Jimmy Page. encontram-se novamente quando gravaram o álbum "Little Games", dos Yardbirds onde John fez os arranjos orquestrais e tocou violoncelo na faixa de abertura. Quando o baixista Chris Dreja decidiu abandonar os Yardbirds para seguir a profissão de fotógrafo, John foi a primeira opção de Page para formar os "New Yardbirds", que pouco depois passou a se chamar "Led Zeppelin".


No palco, a música preferida de John era "No quarter" que, por várias vezes, demorava-se tocando por mais de meia hora, incluindo trechos de "Amazing Grace" e variações de peças clássicas de compositores como Rachmaninov.


Mesmo participando do Led Zeppelin, John não se afastou dos estúdios e participou em gravações do Family Dogg, Peter Green, Madeline Bell, Roy Harper e Wings. A partir de 1980, suas colaborações incluem REM, Heart, Ben E, King, Mission, entre outros e deu sua contribuição também em vídeos e gravações de Paul McCartney.


Em 2009 ele forma um novo grupo, com John Paul Jones (Led Zeppelin) no baixo e teclados, Dave Grohl (Nirvana e Foo Fighters) na bateria e Josh Homme (Queens of the Stone Age), nas guitarras e vocais. Esse novo trio é o "Them Crooked Vultures", e as primeiras impressões musicais já demonstram uma forte ligação com o "estilo Led Zeppelin" de fazer música.


Discografia: Listo abaixo apenas a discografia com o Led Zeppelin. A discografia completa pode ser encontrada no website do músico.
  • 1969 Led Zeppelin
  • 1969 Led Zeppelin II
  • 1970 Led Zeppelin III
  • 1971 Led Zeppelin IV
  • 1973 Houses of the Holy
  • 1975 Physical Graffiti
  • 1976 Presence
  • 1976 The Song Remains the Same
  • 1979 In Through the Out Door
  • 1982 Coda (último álbum - o bateirista John Bonham morreu durante as gravações)
Textos e Fontes: www.johnpauljones.com
Wickipedia
Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani









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O "Pai" do Slap

Larry Graham

O multi instrumentista Larry Graham, nasceu em Beaumont, Texas, nos Estados Unidos, em 14 de agosto de 1946. Filho único de mãe pianista e pai guitarrista de jazz, Larry sempre teve uma forte relação com a música. Aos 5 anos aprendeu sapateado e aos 7 anos já aprendia piano com sua avó.


Aos 11 anos, seu pai lhe apresentou a guitarra elétrica e, aos 13 anos, já tocava também bateria, clarinete e saxofone, criando sua primeira banda de rock, "The Five Riffs". Aos quinze anos, já tocava em clubes noturnos, com o "Trio Dell Graham", que tinha sua mãe ao piano e Larry tocando guitarra. 


Tempos depois, quando já tocava baixo elétrico, ele e a mãe formaram uma dupla. Era só o piano e o baixo de Larry. Para compensar a falta de um baterista, tratou de ser criativo e começou a bater com o polegar nas cordas mais graves do baixo fornecendo assim, os elementos de percussão do bumbo. Simultaneamente usava o indicador ou médio dedilhando as primeiras cordas. Assim, dizem que Larry foi o criador do famoso "slap-pop", também chamado hoje de "slapping" ou "slap". Ou, como o próprio Larry chamava, "Thumpin' and Pluckin'".


Uma assídua frequentadora das apresentações da dupla ficou tão impressionada com o estilo de Larry, que telefonou a um músico e editor musical, Sly Stone, insistindo para que o ouvisse. Em 1966, Larry Graham recebeu proposta para tocar como baixista na banda de funk music "Sly & the Family Stone". O "slap" é usado até hoje por artistas como Bootsy Collins, Alain Caron, Flea, Peter Hook, Victor Wooten, Hellborg Jonas, A. Kim Clarke (Defunkt), Marcus Miller, Stanley Clarke, entre muitos outros. 


Mas o líder da banda, Sly Stone, se entregou ao vício das drogas e o grupo acabou tempos depois. Com o fim da "Sly & the Family Stone", Larry formou sua própria banda, a "Graham Central Station". O nome é um trocadilho com a Grand Central Station, a estação de trem localizada no bairro de Manhattan, Nova York. A "Graham Central Station" foi uma banda de sucesso na década de 1970, incluindo "Hair". 


Em 1975 Larry foi batizado como Testemunha de Jeová. O que Larry aprendia na nova fé que proferia, começava a evidenciar-se nas capas dos disco de alguns dos álbuns produzidos pela sua banda. A capa do álbum de 1976, intitulado "Mirror", apresentava fotografias dos membros da banda. Num lado apareciam com cabelos compridos, óculos escuros, e roupas excêntricas, ao passo que no outro lado, numa imagem refletida, apresentavam-se de modo formal com cabelos mais curtos e estilos de roupa mais modestos. O álbum incluía a música "Forever", cuja letra era dedicada à esperança de rever o pai na ressurreição, segundo a perspectiva de vida eterna ensinada por sua nova religião. 


Em 1979, mudou-se para Los Angeles, para uma mansão onde instalou o seu próprio estúdio de gravação. Ali gravou cinco álbuns solo, com sucesso. O primeiro disco gravado em estúdio próprio foi "One in a Million You". Bem recebido pela crítica e público, o álbum vendeu mais de um milhão de cópias e alcançou a nona posição na Billboard de 1980.


Em 1985 vendeu sua luxuosa mansão e os vários automóveis que possuía. Passou a morar numa modesta casa da cidade. Em um artigo de revista, Larry afirmou que, embora ainda trabalhasse como músico, sua grande alegria era servir como evangelizador e ver a sua filha progredir na aprendizagem da Bíblia. No final dos anos 90, gravou um novo álbum com a "Graham Central Station" que, então, era formada por novos integrantes. Dois deles eram antigos colegas da "Sly & the Family Stone": Cynthia Robinson e Jerry Martini. Em 2000, acompanhou Prince, atuando como baixista.


Discografia:


Com a Sly & The Family Stone
  • 1967 A Whole New Thing
  • 1968 Dance to the Music
  • 1968 Life
  • 1969 Stand!
  • 1970 Greatest Hits
  • 1971 There's a Riot Goin' On


Com a Graham Central Station
  • 1974 Graham Central Station (Warner Bros.)
  • 1974 Release Yourself (Warner Bros.)
  • 1975 Ain't No 'Bout-A-Doubt It (Warner Bros.)
  • 1976 Mirror (Warner Bros.)
  • 1977 Now Do U Wanta Dance (Warner Bros.)
  • 1978 My Radio Sure Sounds Good to Me (Warner Bros.)
  • 1979 Star Walk (Warner Bros.)
  • 1992 Live In Japan
  • 1996 Live In London
  • 1998 Back By Popular Demand
  • 1996 The Best of Larry Graham and Graham Central Station, Vol. 1 (Warner Bros.)


Álbuns solo
  • 1980 One in a Million You
  • 1981 Just Be My Lady
  • 1982 Sooner or Later
  • 1983 Victory
  • 1985 Fired Up


Singles
  • 1980 Onde In Million You
  • 1980 When We Get Married
  • 1981 Guess Who
  • 1981 Just Be My Lady
  • 1982 Don't Stop When You're Hot
  • 1982 Sooner Or Later
  • 1983 I Never Forget Your eyes

Textos e Fonte: Wickipedia
Pesquisa e redação final:CrisViduani













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segunda-feira, outubro 25

A 1ª Dama do Baixo

Carol Kaye

Carol Kaye nasceu em 24 de março de 1935, em Everett, Washington, nos Estados Unidos. Está na cena musical como baixista de estúdio desde 1950. É a mais produtiva da história, já tendo participado de aproximadamente 10.000 gravações. Além de baixista, Carol também toca guitarra.


Ela cresceu pobre, perto do porto de Los Angeles, mas em 1949, com apenas 14 anos de idade, já dava aulas de guitarra profissionalmente. Ao longo da década de 1950, Kaye tocava guitarra "jazz bebop" em dezenas de casas noturnas ao redor de Los Angeles. O estúdio surgiu por acaso em sua vida, em 1957, através do cantor e compositor Samuel Cooke (Sam Cooke). Foi assim que Carol começou a ter um salário certo e razoável, pela primeira vez na vida. Alguns anos mais tarde, quando um baixista faltou à uma gravação da Capitol Records, em Hollywood, ela foi convidada para preencher a vaga, fazendo o que era habitualmente chamado de "baixo Fender".


Ao longo da década de 1960, tocou contra-baixo em um número bastante significativo de gravações e seu nome estava constantemente aparecendo no "Hot 100 da Billboard". Carol tocou baixo em muitas gravações dos Beach Boys, incluindo "Good Vibrations", "Help Me Rhonda", "Sloop John B" e "California Girls". Gravou com duas vezes com Frank Zappa ("Freak Out!" e "Absolutely Free")Trabalhou no malfadado, mas lendário, projeto "Smile" do músico Brian Wilson e esteve presente na sessão "quente", no final de novembro de 1966, quando Wilson declarou que pediu aos músicos do estúdio para usarem chapéus de fogo de brinquedo, mas essa é uma outra história... O trabalho de Kaye também aparece na televisão e, então, se torna conhecida pelas trilhas sonoras de filmes dos anos 1960 e início dos anos 1970.


No começo do ano de 1969, escreveu "Como Tocar Baixo Elétrico", o primeiro de muitos livros tutoriais sobre "os graves". Deu aulas para milhares de estudantes, incluindo John Clayton, Mike Porcaro, Alf Clausen, David Hughes, Tony Sales, EH Karl Seigfried, Vogt Hungate Roy e David. Carol aposentou-se do trabalho em estúdio durante os anos 1970 por causa da artrite. Mais tarde, ela voltou a atuar como instrumentista, intérprete de jazz ao vivo e continuou como professora de baixo e guitarra, dando seminários e entrevistas. Em 2010 Carol foi tema de uma canção tributo, tendo seu nome como título da música no album "July Flame", de Laura Veirs.


Discografia:


Carol Kaye tocou em centenas de gravações lançadas comercialmente, além de trilhas sonoras. As listas abaixo representam apenas uma pequena fração de seu trabalho. A discografia completa pode ser encontrada no website oficial da instrumentista.


Parte dos créditos em singles como contra-baixista
  • Good Vibrations (The Beach Boys)
  • Soul Reggae (Charles Kynard)
  • Andmoreagain (Love)
  • Homeward Bound (Simon and Garfunkel)
  • California Girls (The Beach Boys)
  • Sloop John B (The Beach Boys)
  • Help Me, Rhonda (The Beach Boys) 
  • Heroes and Villains (The Beach Boys)
  • Natural Man (Lou Rawls)
  • Come Together (Count Basie)
  • Feelin' Alright (Joe Cocker)
Parte dos créditos em álbuns como contra-baixista
  • 1965 Freak Out! (Frank Zappa & The Mothers of Invention)
  • 1966 Absolutely Free (Frank Zappa & The Mothers of Invention)
  • 1968 Song of Innocence (David Axelrod)
  • 1968 Release of an Oath (The Electric Prunes)
  • 1968 There's A Whole Lalo Schifrin Goin' On (Lalo Schifrin)
  • 1969 Songs of Experience (David Axelrod)
  • 1971 Dirty Harry (Lalo Schifrin)
  • 1999 Thumbs Up (Ray Pizzi, Carol Kaye, Mitch Holder)
Texto e Fonte: www.carolkaye.com
Wickipedia
Redação final e tradução livre: CrisViduani


Abaixo dois vídeos: o primeiro, do álbum "Picking Up On The E-String" apenas com o áudio e o segundo em mais recente apresentação ao vivo. O segundo não tem uma boa qualidade de áudio, mas vale o registro.



















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Baixista Acidental

Stanley Clarke

Stanley Clarke nasceu em 30 de junho de 1951, em Philadelphia, Pennsylvania, Estados Unidos. É multi instrumentista e além do baixo elétrico, toca também "double bass", baixo acústico, guitarra, piano e órgão. E ainda canta. Atua na música desde 1966.


Ele foi apresentado ao contra-baixo "acidentalmente", quando ainda era um menino. Chegando atrasado à aula de música, os instrumentos já haviam sido distribuídos e o baixo foi um dos poucos instrumentos que restaram. Assim, ele não teve outra alternativa a não ser começar a praticar neste instrumento (sorte nossa!). 


Clarke estudou na Roxborough High School e é graduado pela Academia de Música da Filadélfia (que foi absorvida pela University of the Arts em 1985). Mudou-se para Nova York em 1971. Na época era um adolescente magricela recém formado da, então, Philadelphia Musical Academy. Chegando na "Big Apple", imediatamente começou a trabalhar com os bandleaders famosos, tais como: Horace Silver, Art Blakey, Dexter Gordon, Joe Henderson, Pharaoh Saunders, Gil Evans, Stan Getz e o jovem pianista e compositor, Chick Corea. Todos estes músicos reconheceram imediatamente a destreza e musicalidade de Clarke no baixo acústico.


A partir de 1980, Clarke teve muito de sua energia voltada para TV e cinema, tendo assinado várias composições de trilhas sonoras. Em outubro de 2006, Clarke foi homenageado com o Prêmio revista Bass Player's Lifetime Achievement. Os Baixistas Marcus Miller e Victor Wooten apresentaram o prêmio em uma cerimônia no New York Broadway Hotel.  Vencedor de diversos prêmios Grammy, Clarke foi o primeiro "Jazzman do Ano" para a revista Rolling Stone, venceu o "Melhor Baixista" da revista Playboy por 10 anos consecutivos e é membro da revista Guitar Player "Gallery of Greats". Ele foi homenageado com a chave da cidade da Filadélfia e "carimbou" as mãos no cimento em 1999, no Hollywood Walk of Fame, em Sunset Boulevard. Em 2004, ele foi apresentado pela publicação Los Angeles Magazine como uma das 50 pessoas mais influentes do mundo da música.


Discografia:


A discografia de Staley Clarke é bastante extensa. Aqui listamos apenas alguns de seus trabalho solo. A discografia completa pode ser encontrada no website oficial do artista.
  • 1973 Children of Forever (Polydor)
  • 1974 Stanley Clarke (Nemperor) 
  • 1975 Journey to Love (Nemperor) 
  • 1976 School Days (Nemperor)
  • 1978 Modern Man (Nemperor)
  • 1979 I Wanna Play for You (Nemperor)
  • 1980 Fuse One (CTI)
  • 1980 Rocks, Pebbles and Sand (Epic) 
  • 1981 The Clarke/Duke Project, Vol. 1 (Epic)
  • 1982 Let Me Know You (Epic)
  • 1983 The Clarke/Duke Project, Vol. 2 (Epic)
  • 1984 Time Exposure (Epic)
  • 1985 Find Out! (Epic)
  • 1986 Hideaway (Epic)
  • 1988 If This Bass Could Only Talk (Portrait)
  • 1989 '3' (Epic)
  • 1991 Live 1976-1977 (Epic)
  • 1992 Passenger 57 (Epic)
  • 1993 East River Drive (Epic)
  • 1993 Live at the Greek (Epic)
  • 1994 Live at Montreux (Jazz Door)
  • 1995 The Rite of Strings (Gai Saber)
  • 1995 At the Movies (Epic Soundtrax) 
  • 1997 The Bass-ic Collection (Sony)
  • 2003 1,2,To The Bass (Sony)
  • 2007 The Toys of Men (Heads Up)
  • 2009 Jazz in the Garden (Heads Up)
  • 2010 The Stanley Clarke Band (Heads Up)
Texto e Fonte: www.stanleyclarke.com
Wickipedia
Redação final e livre tradução: CrisViduani







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sexta-feira, outubro 22

O "Peixe" Genial

Chris Squire

Chris Squire nasceu em 4 de março de 1948, em  Kingsbury, subúrbio de Londres, Inglaterra. Ficou mundialmente conhecido como o contra-baixista da banda de rock progressivo "Yes", aliás, uma das minhas favoristas no estilo. É o único integrante da banda presente em todos os albuns lançados pelo grupo. Mas além de baixista, Squire também toca guitarra e teclado, além de cantar.


Filho de taxista e dona-de-casa, ele começou sua carreira musical no porão da igreja Saint Andrew, junto com seu amigo Andrew Jackman, onde ensaiva músicas sacras. 
Quando tinha cerca de dezesseis anos, ao ouvir The Beatles e Paul MacCartney, foi levado a considerar uma real carreira musical assumindo o contra-baixo elétrico como seu instrumento. 


Em 1964, quando estudava na Haberdashers 'Aske's Boys' School, foi suspenso das aulas por "ter cabelo comprido", e lhe foi dado dinheiro para que cortasse as 'longas madeixas'. Mas Squire não aceitou a atitude da direção. Ao invés disso ele foi para casa, usou o dinheiro para outras coisas, e nunca mais voltou à escola.


Durante os anos 1960 gostava de "viajar" usando LSD, até que um incidente em uma dessas "viagens" o levou ao hospital. Squire diz que foi a última vez que usou o ácido. Segundo ele, "por uns dias não sabia onde eu estava, quem eu era, ou sequer quem eram as pessoas à minha volta." Depois disso, Squire passou meses trancado no apartamento de sua namorada, com medo de sair e nunca mais usou a droga. Foi neste período que ele desenvolveu seu magistral estilo no baixo. Estilo este reconhecidamente agressivo, dinâmico e melódico. O principal contra-baixo de Squire é um Rickenbacker (RM1999, número de série DC127), que ele possuiu e toca desde 1965.


Chris Squire é conhecido pelo apelido de "Fish" (peixe), associado a muitas de suas obras, incluindo seu primeiro disco solo, lançado em 1975, "Fish Out of Water" (Peixe Fora d'Água). Além do album solo, o apelido também vem de seu signo astrológico, que é Peixes e ele, aparentemente, acredita em astrologia. Dizem ainda, que ele pode ter ganho o apelido por causa do tempo que gasta no banho. No documentário de 2007 "A Classic Artists Series 3: Yes", Bruford diz que o apelido surgiu porque Squire passou longos períodos no chuveiro enquanto eles dividiam uma casa juntos em Fulham.


Discografia: Squire participou de toda a extensa discografia do "Yes", e ainda:


Solo
  • 1975 Fish Out of Water 
  • 1981 Chris Squire & Alan White - Run With the Fox 
  • 2007 Chris Squire's Swiss Choir 
Com "Conspiracy"
  • 2000 Conspiracy
  • 2003 The Unknown 
Participações Especiais
  • 1974 Eddie Harris - E.H. In the U.K. 
  • 1987 Esquire - Esquire (apenas backing vocal)
  • 1990 Rock Aid Armenia - The Earthquake Album
  • 1973 Rick Wakeman - The Six Wives of Henry VIII 
  • 1977 Rick Wakeman - Criminal Record 
  • 1992 Rick Wakeman - The Classical Connection II 
  • 1995 World Trade - Euphoria 
  • 2002 Pigs & Pyramids (vários artistas tocando Pink Floyd)
  • 2002 Gov't Mule - The Deep End, Volume 2 
  • 2009 Steve Hackett - Out of the Tunnel's Mouth 
Texto e Fonte: www.chrissquire.net
Wickipedia
Redação final e tradução livre: CrisViduani


Curta o telento de Chris Squire com Yes.






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Talento Brasileiro

Nico Assumpção


Antônio Álvaro Assumpção Neto, mais conhecido no meio musical como Nico Assumpção, nasceu na cidade de São Paulo, em 13 de agosto de 1954 e morreu prematuramente, aos 47 anos, em 20 de janeiro de 2001, vítima de câncer, no Rio de Janeiro.


Na casa da família Assumpção, a música sempre esteve presente, sendo o jazz uma das principais paixões do pai de Nico, que comprava discos importados através de catálogo. Na década de 50 e 60 era muito comum o empresário de um um músico internacional em turnê no Brasil, levá-lo para jantar na casa de uma família bem sucedida, cujo anfitrião fosse conhecedor sua música e pudesse acolhê-lo com mais hospitalidade. A família de Nico era uma dessas, e seu pai, que tinha influência junto a esses empresários como Roberto Corte Real, sempre oferecia sua casa, fazendo com que Nico estivesse em contato com diversos músicos, como Frank Sinatra Jr., que visitou a casa da família durante sua passagem pelo Brasil em 1966.


Na casa onde moravam havia um móvel onde os discos eram guardados. Já aos 2 anos Nico alcançava a parte de baixo desse móvel e pedia para ouvir os discos do Michel Legrand, pianista, compositor e arranjador francês, que tornou-se um de seus grandes amigos anos mais tarde.


Aos 9 anos, Nico já aprendia a tocar violão através das aulas que tinha com o músico Paulinho Nogueira. Aos 13 anos já tocava em uma “banda de garagem”, covers dos "Beatles", grupo que gostava muito. Mas como baixista da banda costumava faltar aos ensaios com frequência. 


Demonstrando um interesse maior pelos arranjos das músicas instrumentais, Nico trocou o violão pelo  baixo elétrico. A partir daí, dedicou-se somente ao baixo, estudou com Amilton Godoy e Luiz Chaves (Zimbo Trio), na escola de música CLAM, onde também teve aulas de baixo acústico. Algum tempo depois, Nico foi convidado para dar aulas de baixo elétrico e baixo acústico na mesma escola onde estudava. 


Em 1976, aos 22 anos, mudou-se para Nova Iorque para aprofundar seus estudos, onde tocou com o grupo do pianista Don Salvador e o saxofonista Charlie Rouse, o que lhe abriu as portas para tocar com alguns dos mais importantes músicos de Jazz, entre eles Fred Hersh, Larry Willis, John Hicks, Steve Slagle, Victor Lewis entre outros.


De volta ao Brasil em 1981, lançou o primeiro disco brasileiro de contrabaixo solo, chamado "Nico Assumpção" - Selo Independente. Em 1982, já morando no Rio de Janeiro, tornou-se um dos músicos mais requisitados do País, para se apresentar tanto ao vivo como tocar em estúdios, tendo participado da gravação de mais de 400 albuns e de vários shows.


No cenário internacional, Nico tocou e gravou com alguns dos mais expressivos e reconhecidos músicos, entre eles: Kenny Barron, Billy Cobham, Larry Coryell, Joe Diorio, Eliane Elias, Ronnie Foster, Frank Gambale, Joe Henderson, Lee Konitz, Michel Legrand, Harvey Mason, Pat Metheny, Airto Moreira, Flora Purim, Ernie Watts, Sadao Watanabe e Phil Woods.


No Brasil, Nico teve expressivas participações em albuns de vários artistas como Milton Nascimento, João Bosco, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Wagner Tiso, César Camargo Mariano, Maria Bethania, Márcio Montarroyos, Raphael Rabello, Edu Lobo, Léo Gandelman, Toninho Horta, Victor Biglione e muitos outros.


Em 20 de janeiro de 2001 Nico faleceu, por causa de um câncer originado no pulmão. Suas cinzas foram depositadas na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, onde Nico se exercitava diarimanete em sua bicicleta. Nesse local, há uma placa em sua homenagem, colocada sob uma árvore, com o nome "Recanto Nico Assumpção".


Texto e Fonte: www.nicoassumpcao.com.br
Wickipedia
Redação final: CrisViduani


Infelizmente não encontrei uma discografia de Nico Assumpção disponível, a não ser o disco já citado, "Nico Assumpção", lançado em 1981. Se alguém souber ou conhecer mais gravações próprias do artista, entre em contato através dos comentários ou do link "Fale Com a Cris", logo abaixo desta postagem. Obrigada...  :)


Pra compensar, deixo algumas gravações disponíveis em vídeo. Na primeira delas, a qualidade não está muito boa, mas vale como registro. Aproveitem pra conhecer um pouco mais deste fantástico contra-baixista, que não pode, nem deve, ser esquecido por nós.














Fale Com a Cris

quinta-feira, outubro 21

O Lado "Zen" do Baixo

John Myung


Filho de pais coreanos, John Ro Myung, ou apenas John Myung, nasceu em 24 de janeiro de 1967, em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos. Cresceu em Long Island, Nova York. É um excepcional contrabixista e membro fundador da banda de metal progressivo "Dream Theater". Atua profissionalmente no cenário musical desde 1985.


Myung sempre foi ligado em música e aos 5 anos já tocava violino e assim seguiu até ser chamado para tocar contra-baixo em uma banda local quando tinha 15 anos. Daí para frente nunca mais largou o instrumento de sons graves e riquíssimos.


Quando terminou o Ensino Médio, se matriculou na Berklee College of Music juntamente com seu amigo John Petrucci. foi lá que encontraram Mike Portnoy (baterista). Os três formaram a banda "Majesty", da qual também faziam parte o tecladista Kevin Moore e o vocalista Chris Collins. Mais tarde a banda ia se tornar o "Dream Theater".


Myung tem a reputação de membro "misterioso" do Dream Theater, por causa da "paciência oriental" que traz nas veias. Realmente ele é muito calmo (especialmente se o compararmos a Mike Portnoy). Discreto, raramente chama a atenção para si em vídeos ou shows. Por vezes isto leva algumas pessoas a não conhecerem bem este extraordinário instrumentista. 


Muyng tem lá suas "esquisitices" como todo mundo... Tanto Kevin Shirley (no Metropolis 2000: Scenes From New York DVD), bem como ex-tecladista Derek Sherinian (em seu site) dizem que Myung é o único músico que conhecem que toca para "esfriar" antes de uma apresentação. Enquanto todos tocam para "aquecer" antes de um show. Ele já foi visto "praticando" apenas alguns minutos antes da banda subir ao palco. E o mais engraçado, se é que podemos dizer isso, é que ele continua tocando depois do show, para novamente "desaquecer".


A fama de sua personalidade "misteriosa" foi reafirmada quando, em um show na Alemanha, ele veio até James LaBrie e o derrubou com um empurrão ao "estilo futebol americano", provocando muita confusão na platéia e entre os membros da banda. O movimento brusco ficou conhecido como "Myung Tackle". Mais tarde foi revelado no Lifting Shadows (biografia da banda), que Myung foi desafiado a derrubar James LaBrie no palco "por uns cem dólares, e ninguém acreditou que ele tivesse coragem". Depois do susto, a cena deve ter provocado risos...


Apesar de ter no Dream Theater seu principal foco musical, Myung já participou de vários outros projetos em sua carreira. O primeiro deles foi com a banda pop progressiva "Platypus", com Rod Morgenstein, Ty Tabor e o ex-membro do Dream Theater, Derek Sherinian. Ele também participa do "Jelly Jam", com os mesmos integrantes do Platypus, porém sem Sherinian.


Foi influenciado por vários excelentes músicos, entre eles Chris Squire, Steve Harris, Geddy Lee, Peter Gabriel, Yes, Iron Maiden e Rush entre outros. Benditas influências, diga-se de passagem... Myung toca ainda, violino, guitarra e teclado.


Discografia:
  • 1985 The Majesty Demos (Dream Theater)
  • 1989 When Dream and Day Unite (Dream Theater)
  • 1992 Images and Words (Dream Theater)
  • 1993 Live At The Marquee (Dream Theater)
  • 1994 Awake (Dream Theater)
  • 1995 A Change of Seasons (Dream Theater)
  • 1997 Falling Into Infinity (Dream Theater)
  • 1998 Once In A LIVEtime (Dream Theater)
  • 1999 When Pus Comes to Shove (Platypus)
  • 1999 Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory (Dream Theater)
  • 2000 Ice Cycles (Platypus)
  • 2000 Gordian Knot Album (Gordian Knot)
  • 2001 Live Scenes From New York (Dream Theater)
  • 2002 The Jelly Jam (The Jelly Jam)
  • 2002 Raising the Mammoth (Explorers Club)
  • 2002 Six Degrees of Inner Turbulence (Dream Theater)
  • 2003 Train Of Thought (Dream Theater)
  • 2004 The Jelly Jam 2 (The Jelly Jam)
  • 2004 Live At Budokan (Dream Theater)
  • 2005 Octavarium (Dream Theater)
  • 2006 Score (Dream Theater)
  • 2007 Systematic Chaos (Dream Theater)
  • 2007/2008 Chaos in Motion (Dream Theater)
  • 2009 Black Clouds & Silver Linings (Dream Theater)
  • 2009 Wither (Dream Theater)
Textos e Fonte: Wickipedia
Redação final e tradução livre: CrisViduani
Website oficial da banda: www.dreamtheater.net

No vídeo babixo você poderá ter uma noção da técnica apuradíssima e admirável de Myung, que usa o baixo inclusive como instrumento harmônico.








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