terça-feira, novembro 15

Mistura de Graves

Chris Minh Doky


Filho de pai dinamarquês e mãe vietnamita, Chris Minh Doki nasceu em 7 de fevereiro de 1969. É um dos grandes nomes do contrabaixo da atualidade. Ebora tenha trabalhado em vários estilos musicais, Doky se encontrou no Jazz. Lançou seu primeiro álbum, "Appreciation",  apenas quatro anos após tocar o instrumento pela primeira vez.

Sua paixão pelo baixo acústico apareceu aos 16 anos de idade, depois de ouvir Miles Davis tocando "My Funny Valentine". E logo foi convidado para tocar em clubes de Jazz de Copenhague, porém, ele ainda não tinha idade suficiente para se apresentar em casas noturnas. Desejando estar mais próximo às raízes da música que ele gostava, foi para New York logo após completar 18 anos. Lá, rapidamente foi levado para tocar em estúdios e a se apresentar em clubes com outros músicos em torno de Manhattan.

Doky mantém uma forte ligação com as raízes musicais do groove da Costa Leste americana misturada à tradição lírica da Escandinávia. A partir dessa mistura Doky desenvolveu um som característico, criando um estilo particular de tocar o contrabaixo acústico.


Doky é um artista já consagrado e está na lista do Top Ten dos baixistas, pela escolha do público, o que lhe rendeu prêmios como Artista do Ano e de vendagem de discos. A biografia de Doky, encontrada na internet, não é das melhores, mas vale a pena dar uma olhada na notável discografia do músico e conferir os links com suas músicas.



Discografia:
  • Appreciation Personnel Thomas Clausen, Chris Minh Doky, Ben Perowsky, Larry 
  • Schneider, 1989
  • The Sequel Personnel Chris Minh Doky, Niels Lan Doky, Bill Evans, Adam Nussbaum, 
  • Ulf Wakenius, 1990
  • Letters Personnel Randy Brecker, Chris Minh Doky, Adam Nussbaum, 1991
  • Minh Personnel Jim Beard, Michael Bland, Michael Brecker, Randy Brecker, Hiram 
  • Bullock, Joey Calderazzo, Joe Caro, Chris Minh Doky, David Gilmore, Larry Goldings, 
  • Lalah Hathaway, Lasse Janson, Norbert Lucarain, Adam Nussbaum, Chris Parks, Ricky 
  • Peterson, Dianne Reeves, Alex Riel, David Sanborn, Vivian Sessoms, Mike Stern, 
  • Lenny White, Louis Winsberg, 1998
  • Doky Brothers Personnel Chris Minh Doky, Niels Lan Doky, Alex Riel, Klaus Suonsaari, 
  • Anders Mogensen, Ulf Wakenius, Curtis Stigers, Deborah Brown, Michael Brecker, 
  • Randy Brecker, Frank Stangerup, 1995
  • Doky Brothers 2 Personnel Chris Minh Doky, Niels Lan Doky, Al Jarreau, Sanne 
  • Salomonsen, Gino Vannelli, Dianne Reeves, Toots Thielemans, John Scofield, Louis 
  • Winsberg, David Sanborn, Bill Evans, Randy Brecker, Terri Lyne Carrington, Jeff Tain 
  • Watts, Axel Riel, Anders Mogensen, Jeff Boudreaux, Mitch Forman, Trilok Gurtu, Xavier 
  • Dessandre Navarre, Dany Munyongo Jackson, Randy Cannon, Sharon Full, Chris 
  • Parks, Paul Mazzio, Joyce Imbesi, 1996
  • Listen Up! Personnel Katreese Barnes, Randy Brecker, Chris Minh Doky, Kenny 
  • Garrett, Larry Goldings, Makoto Ozone, Clarence Penn, Adam Rogers, John Scofield, 
  • George Whitty, Louis Winsberg, 2000
  • Chris Minh Doky 2002
  • Cinematique Personnel Chris Minh Doky, Jeff Tain Watts, Bill Stewart, Clarence Penn, Joey Calderazzo, Larry Goldings, Makoto Ozone, Toots Thielemans, Biréli Lagrène, 2003
  • Nomad Diaries 2006
  • Scenes from a dream!, Personnel Chris Minh Doky (acoustic bass); Larry Goldings 
  • (piano); Peter Erskine (drums); Joke Schonewille (harp); Doesjka DeLeu, Seija 
  • Teeuwen, Herman Van Haaren, Lucja Domski, Ruben Margarita, Marianne Van Den 
  • Heuvel, Erica Korthals Altes, Dennis Koenders, Tinka Regter, David Peijnenborgh, Wim 
  • Kok, Marijn Rombout, Pauline Terlouw, Elizabeth Liefkes, Ernö Olah (violin); Isabella 
  • Petersen, Aimee Versloot, Norman Jansen, Iris Schut, Julia Jowett (viola); Annie 
  • Tangberg, Maarten Jansen, Wim Grin, Bastiaan Van Der Werf (cello); Hans Vroomans 
  • (piano); Eddy Koopman, Murk Jiskoot (percussion)., 2010

Fontes: Wikipedia e  www.doky.com

Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani



No primeiro link uma performance impecável de Doky e Rochard Bona. Em seguida, um solo incrível de Doky, em "September".


















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sábado, julho 2

O "Tutti Frutti" de Lee Marcucci

Lee Marcucci


Luiz António Marcucci Carbone ou, Lee Marcucci, nasceu na cidade de São Paulo, em 1953. É o baixista brasileiro conhecido por ter sido integrante e co-fundador do Tutti Frutti, banda de apoio dos maiores sucessos de Rita Lee nos anos 70, e por sua participação na, também famosa, banda Rádio Táxi.

Em meados da década de 1970, ao lado de Lúcia Turnbull (guitarra, violão e voz), Luís Sérgio Carlini (guitarra) e Emílson (bateria) integrou como baixista o grupo de rock Tutti Frutti, grupo de apoio de Rita Lee em shows e gravações, de 1974 até 1978. Com ela, participou dos discos "Atrás do porto tem uma cidade", de 1974, "Fruto proibido", de 1975, "Entradas & bandeiras", de 1976, "Babilônia", de 1977, e "Refestança", de 1975. Em 1977 o grupo lançou o LP "Tutti Frutti", pelo selo Capitol.

No ano de 1979, pela gravadora EMI-Odeon, lançou um compacto simples com a música "Você" e no ano seguinte o LP "Você sabe qual é o melhor remédio", pela gravadora RCA Victor. Logo depois, o grupo encerrou suas atividades.

Em 1982, ao lado de Willie (voz), Maurício (guitarra e voz), Vander Taffo (guitarra) e Gel Fernandes (bateria) formou o grupo vocal e instrumental pop "Rádio Táxi", na cidade de São Paulo. A maioria de seus integrantes era de ex-músicos de apoio de Rita Lee. No mesmo ano o grupo assinou contrato com a CBS, gravadora pela qual lançou cinco LPs, cujo repertório consistia basicamente em baladas românticas com roupagem pop. O grupo Rádio Táxi, nome dado pelo letrista e jornalista, Nélson Motta, fez razoável sucesso com as músicas "Garota Dourada" e "Põe Devagar".

Seguiu carreira solo e passou a trabalhar com vários artistas, entre eles, a cantora Patrícia Coelho .Compôs diversos jingles. Montou a banda de heavy-metal Neandertal. Logo depois conheceu o guitarrista Emerson Villani, com o qual montou a banda de rock "Mamute".

Em 1998 voltou a integrar a banda de apoio à Rita Lee, com a qual gravou neste mesmo ano o CD "Acústico MTV" e no ano 2000 o CD "3001".

Em 2001, com falecimento de Marcelo Frommer, foi convidado, junto com o guitarrista Emerson Villani, a atuar como músico no Titãs. Como baixista do grupo Titãs, participou regularmente de shows e gravações de disco.

Em 2004 "Põe devagar", composição da época do Rádio Táxi, foi incluída na trilha sonora do filme "Os Normais", com a execução original do grupo. Em março deste mesmo ano, participou da gravação do CD "Como estão vocês" e do show de lançamento no Canecão. Ainda em 2004, sua banda Neandertal apresentou-se regularmente em vário eventos de rock em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Fontes e textos: Wikipedia e Dicionário MPB
Pesquisa e redação final: CrisViduani


Devo dizer que passei horas tentando encontrar um vídeo legal do Lee Marcucci. Em vão. Vamos então, relembrar o sucesso da "tia" Rita, Jardins da Babilônia, acompanhada pelo Tutti Frutti, com o Marcucci no baixo.








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sábado, junho 11

The Thunder-Thumbs



Louis Johnson nasceu em 13 de abril de 1955, em Los Angeles , Califórnia, é o integrante mais conhecido do grupo de funk music The Brothers Johnson. Com seu jeito especial de tocar o contrabaixo em vários álbuns de sucesso da década de 1970 e 80, incluindo o "álbum mais vendido de todos os tempos" Thriller, fez dele um dos mais respeitados baixistas do mundo. Além de baixista é produtor musical. 

A sonoridade, tão particular, vem do baixo StingRay Music Man que Leo Fender fez especialmente para ele, pra que ele pudesse usá-lo em sua técnica super particular de realizar o slap. Seu trabalho é reconhecido em muitas gravações em que acompanhou artistas de destaque. Johnson tocou nos álbuns de Michael Jackson (Off the Wall, Thriller e Dangerous), em canções de sucesso como  "Billie Jean" e "Don't Stop Til 'You Get Enough". Também tocou com George Benson Give Me the Night e vários outros artistas. Foi um dos três baixistas participantes do álbum Herb Alpert, "Rise", de 1979, que incluiu o disco no top-10, ganhador do Grammy / jazz  com a faixa-título.

Devido ao seu estilo particular de tocar, foi apelidado de "Thunder-Thumbs", apelido dado posteriormente a alguns outros baixistas, mas Johnson foi o primeiro a receber o "codinome".  Seu modo de tocar "slap bass" veio logo depois do mestre Larry Graham. Os dois são considerados os "vovôs" do slap. 

Seu famoso slap bass fez história em seu trabalho com Stanley Clarke no álbum "Time Exposure", com Grover Washington, Jr., em "Hydra", com George Duke, em "Guardian of the Light" e "Thief in the Night", além de trabalhar também com Jeffrey Osborne nos álbuns "Jeffrey Osborne" e "Stay with Me Tonight".

Um bom exemplo de sua maneira de tocar o slap pode ser ouvida na música "Kiko" (no vídeo abaixo), do álbum do guitarrista Earl Klugh. Nessa música Johnson define uma linha de baixo funky bastante complicada usando uma combinação de slap com a mão direita; com o polegar direito, o contraponto e com o dedo médio da mão esquerda o "mute", criando assim um som de percussão, como tambores juntando-se ao baixo.

Foi baixista de Earl Klugh no álbum de 1976 "Living Inside Your Love" (jazz/pop) e em 1977 no álbum também jazz / pop "Finger Paintings", além de tocar com Quincy Johnes no álbum "Mellow Madness", de  Quincy Jones em 1975.

Com vocês, Louis Johnson! Enjoy!
















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sábado, junho 4

Randy Jackson - O Grande

Randy Jackson

Hoje resolvi homenagear um monte de gente boa: Keith Richards, Ron Wood, Aretha Franklin e, claro, um grande baixista quase desconhecido do público brasileiro: Randy Jackson (nada a ver com a família Jackson, do Michael). Como você vai ver abaixo, Randy é daqueles músicos que toca "qualquer coisa".


Randall Darius Jackson, conhecido como Randy Jackson nos meios musicais, nasceu em 23 de junho de 1956, em Baton Rouge, na Louisiana, Estados Unidos. É cantor, produtor musical, empresário musical e baixista, além de personalidade de televisão, como jurado do programa de TV, American Idol. Randy já ganhou um Grammy Award como produtor.

Tocou com Carlos Santana e Jerry Garcia (Greateful Dead). No início dos anos 1980 tocou em três álbuns de Jean-Luc Ponty, além da banda de rock Taxxi. De 1986 a 1987, foi músico de estúdio do grupo de rock Journey e gravou em 1986 o álbum Raised on Radio, com o Journey.

Mudou-se para a Itália no final dos anos 1980, onde participou de uma gravação com o pop star italiano Zucchero. O álbum Zucchero and Randy Jackson Band foi produzido ppor Corrado Rustici, que tocou guitarra com Jackson em vários álbuns no início dos anos 1980. Tocou também com Billy Cobham (compositor, baterista de jazz e bandleader).

Em 1985, Keith Richards, guitarrista da banda de rock The Rolling Stones, foi convidado a tocar a música Jumpin' Jack Flash, sucesso da banda, para o filme que Whoopi Goldberg estrelou, a comédia de mesmo nome, Jumpin' Jack Flash. Richards, então, montou uma super banda, que incluía Aretha Franklin no piano e vocal, Ron wood (guitarrista da Rolling Stones), além de Jackson no baixo.  Esta canção foi a quarta faixa do álbum de 1986, intitulado "Aretha". 

No final da década de 1980, Jackson ainda era músico de estúdio. Teve uma participação notável no primeiro álbum solo do guitarrista (também de estúdio) Steve Lukather. Jackson também participou, em cinco faixas, do álbum de 1989, "Silky Soul", da famosa banda de soul music, Maze.

Em 1991, Jackson foi o baixista do álbum auto-intitulado "Divinyls" (que inclui a música "I Touch Myself"), além de participar como baixista convidado em várias faixas de Tracy Chapman, no álbum "Matters of the Heart", de 1992. Atuou também nos singles "Bang Bang Bang", "Open Arms" e "Dreaming on a World". Nesse mesmo ano, Jackson também tocou baixo no hit de Bruce Springsteen, "Human Touch".

Jackson tocou e participou de inúmeras turnês, com vários artistas e bandas mundialmente conhecidos, como Mariah Carey - trabalhou com ela em toda sua carreira, foi diretor musical de várias de suas turnês, fez parte de sua banda em diversas apresentações, incluindo o Live 8 em Londres, em 2005, além de NSYNC, Whitney Houston, Dionne Farris (produzindo o criticamente aclamado CD de estréia, Wild Wild Seed-Flor), Céline Dion, Fergie, Stryper, Whitesnake (assumiu quando o ex-baixista quebrou o braço no final dos anos 80) e Madonna, como baixista em seu álbum "Like a Prayer" (não no single de mesmo nome).

Quer mais? Tocou também com Herbie Hanckoc, Bob Dylan, Aldo Nova, Blue Öyster Cult, Jon Bon Jovi, Michael Bolton, Clarence "Gatemouth" Brown, Billy Cobham, Aretha Franklin, Ernie Isley, Billy Joel, Brent Bourgeois, Journey, Richard Marx, George Michael, Stevie Nicks, Imogen Heap, Bruce Springsteen e Roger Waters. Seu trabalho como compositor na San Francisco Bay Area com Narada Michael Walden e Walter Afanasieff, acabou por levar Jackson para a área de produção musical.

Em 11 de março de 2008, Jackson lançou um álbum inteiramente produzido por ele, o Randy Jackson's Music Club, vol. 1. O lançamento do álbum foi precedido pelo single "Dance Like There's No Tomorrow", interpretada por Paula Abdul. Em 2009, Randy começou a trabalhar com Kimberley Locke, finalista do American Idol, produzindo seu 4 º álbum. O primeiro single, "Strobe Light", foi lançado 16 de março de 2010.

Jackson é empresário da banda Paper Tongues, do estado da Carolina do Norte. A banda, com a ajuda de Jackson, assinou contrato com uma grande gravadora, a A & M / Octone Records. Ele também trabalhou como executivo e, por 8 anos, foi vice-presidente artístico (A & R) da Columbia Records. Desde 2002 é jurado do prgrama de TV American Idol, do qual hohe fazem parte o rock star Steven Tyler (Aerosmith) e a atriz/cantora Jeniffer Lopez. 


No link abaixo, você ouve o sucesso do filme Jumpin' Jack Flash, com a super banda criada por Keith Richards. E vai poder ouvir o incrível baixo de Jackson nessa música. De quebra, você ainda vê algumas cenas do filme. Divirta-se.







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domingo, maio 29

Tuco Freire: Genialmente Simples

Tuco Freire

Pedro de Oliveira Freire, ou melhor, Tuco Freire, é um baixista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro em 14 de outubro de 1954, mas já aos 2 anos de idade, a família de Tuco segue de mudança para São Paulo, onde ele permanece morando até hoje. Logo de cara, me diz: "Cris, meu ego não admite superlativos...sou um cara e um baixista comum. Gosto dos baixistas que são baixistas, sem muito exibicionismo e jogando para o time."

Quais são suas referências na música, pergunto. E Tuco me diz sem vacilar: "O Luizão Maia é referência total e também gosto muito do meu amigo Sizão Machado, do Arthur Maia e do Jorge Elder". E completa dizendo que no rock gosta de John Entwistle, Jack Bruce, John Paul Jones, Flea, Pino Palladino, Tony Levin, Paul Jackson e James Jamerson. Tem grande admiração por Paul Chambers, Stevie Wonder, Ray Brown, Scott Lafaro, Neils Pedersen, Cachao e pelo "genial Charles Mingus como contrabaixista e compositor", diz.

Dono de um tremendo bom-gosto musical, confessa que é  um "Jimi Hendrix fanático" e adora Miles Davis, Bill Evans, mas "John Coltrane é minha religião." Pergunto se, em meio à tanta gente boa, ele tem um compositor favorito ele me responde: "Tom Jobim". E gosta de música clássica também. Neste estilo de música os preferidos são Villa Lobos, Debussy, Ravel e Stravinsky. E na música popular me diz gostar muito de Paulinho da Viola, Beatles, Edu Lobo, Piazolla, Milton Nascimento "e mais um monte de artistas essenciais", completa.

Criado no bairro das Perdizes, estudou no Externato Assis Pacheco, no Colégio Santa Cruz e no Vocacional L. A. Machado e Indac. Tuco gosta de desenhar. Aos 14 anos começou a trabalhar como assistente de arte na A&C Editora, que fazia as revistas Bondinho, Grilo e Novidades Fotoptica. Nesta época Tuco e seu irmão Paulo estudavam violão clássico com Antero Martins.


Aos 20 anos a música falou mais alto e Tuco largou o desenho, e resolveu estudar música e contrabaixo. Começou estudando teoria e harmonia com Maximo Ribeiro Sanches, e tocava baixo elétrico num trio de rock. Em seguida comprou um baixo acústico tcheco, "todo quebrado, que o lutier Enzo Bertelli, muito a contragosto, arrumou – ele não gostava de mexer em contrabaixos. Depois ele foi mexido por dois lutiers americanos e finalmente pelo Paulo Gomes aqui em São Paulo". Tanto o elétrico (um Fender Precision 72) da época do trio de rock, quanto o acústico reformado, são os seus instrumentos até hoje. Logo em seguida foi estudar com o Luiz Chaves no CLAM. 


Em 1977 foi para Boston, estudar no New England Conservatory, "aonde fui muito bem recebido 
pelo Ran Blake e seu Third Stream Department". No ano seguinte, 1978, Tuco vai para a Berklee College of Music, onde estudou por 4 semestres. "Lá tive a oportunidade de tocar com Stanton Davis & Stan Strikland Sundance Band, Ensemble Garuda, Jan Forney Davis Quintet, e muitos outros artistas locais", conta.

Tuco retorna a São Paulo no final de 1979 onde estudou, por mais uma ano, com Sandor Molnar no Conservatório do Booklin e onde teve a oportunidade de participar de uma "época super fervescente da música instrumental em São Paulo". Tocou e gravou com o Pé ante Pé, Bocato, Benjamin Taubkin, Guilherme Vergueiro, Cláudio Celso e muitos outros. "Tocavamos no Lira 
Paulistana, Masp, Mis, Centro Cultural Vergueiro, Espaço Off, Penicilina, Sanja, Aeroanta, Vou Vivendo, Bar Avenida e em muitos outros lugares que deixaram saudades", confessa. 

Faz questão de dizer que "em 81 nasceu minha filha Alice". Já final dos anos 1980 e começo dos 1990, acompanhou vários artistas nacionais e internacionais em turnês pelo Brasil. Ele conta que, na mesma época, trabalhou como "trilheiro" para publicidade. "Fiz muito jingle, trilhas comerciais, vinhetas, e confesso que não curti muito a experiência fazer música para produto e cliente".

Depois desse período tocou com a banda Lagoa 66 e depois com a Unidade Bop. Foi a época em que conheceu a Jo de Souza, sua esposa, passando a desenvolver um trabalho musical juntos e criaram um quinteto formado também por Jarbas Barbosa, Marcelo Maita, Gigante Brasil e, depois, Edu Viana. 

"Depois assumimos a formação de duo e começamos a preparar nosso disco. Em janeiro de 98 nasceu o nosso filho Tom." Em setembro de 2000, foi lançado o CD "Você e Eu". Tuco conta também, que desde 1980 vem tocando e produzindo os discos de seu irmão – o violeiro Paulo Freire.

Em 2005 produziu, em parceria com Paulo, um CD do pai, Roberto Freire, intitulado "Vida de Artista". Em 2006, produziu também o CD "Swell" do guitarrista Cláudio Celso. Em 2007 voltou a estudar contrabaixo com Gerson Frutuoso no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. 


Atualmente Tuco divulga seu mais recente trabalho, gravado com Jo em 2010, "Jo & Tuco Um Silêncio”. Continua produzindo discos, tocando com Jo e com o irmão, entre outros artistas.


Discografia:
  • Pé ante Pé 
  • Bocato - Lixo Atômico, Sonho de um Anarquista e Conserto para um Trombone 
  • Quebrado.
  • Benjamim Taubkin - Piano ao cair da tarde. 
  • Paulo Freire - Rio Abaixo, São Gonçalo, Vai Ouvindo, Brincadeira de Viola, 
  • Redemoinho e Nuá. 
  • Unidade Bop - Quebrando o Gelo do Clube. 
  • Infantil do Zézinho Mutarelli e Gilles Eduar - Músicas Daqui,Ritmos do Mundo. 
  • Cláudio Celso - Brasilian Jazz e Swell. 
  • Edu Vianna - Jaguar. 
  • Fábio Tagliaferri - Viola. 
  • Roberto Freire - Vida de Artista
  • Jo&Tuco - Você e Eu e Um Silêncio



Entrevista concedida à CrisViduani em maio de 2011


No vídeo abaixo você assiste a apresentação do violeiro Paulo Freire, acompanhado por Tuco no contrabaixo, em uma apresentação que fez parte do projeto "Viola Bem Temperada", em setembro de 2007, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. O vídeo conta ainda com a participação de Roberto Corrêa na viola.

























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sábado, maio 21

Bem vivo


Sir James Paul MacCartney

Aproveitando mais uma visita ao Brasil, voltamos às nossas atividades falando um pouco sobre o ilustre baixista, canhoto e quase setentão Sir James Paul McCartney. Ele nasceu em 18 de junho de 1942, em Liverpool, na Inglaterra. Na verdade ele não é "só" um baixista, é também multi instrumentista (toca bateria, piano, guitarra, teclado e outros instrumentos), produtor musical, empresário bem sucedido, enfim, quase um "Midas". Sua empresa MPL Communications detém os direitos autorais de mais de três mil canções, incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly (cantor e compositor norte-americano, considerado um dos pioneiros do Rock).

McCartney, como todos sabem, ficou famosos mundialmente como baixista da banda de rock britânica The Beatles, juntamente com John Lennon, Ringo Starr e George Harrison. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, escrevendo as canções mais populares da história do rock. 

Após a dissolução dos Beatles em 1970, McCartney lançou-se em uma carreira solo de sucessos, formou uma banda com sua primeira mulher Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrônica e trilhas sonoras.

O Livro Guinness dos Recordes declarou Sir MacCartney como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. Foram 29 composições de sua autoria em primeiro lugar nas paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais junto com os Beatles e o restante em sua carreira solo, ou com o Wings.

É considerado por muitos o mais famoso baixista da história do rock e certamente é um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Em 2008 foi eleito, pela revista Rolling Stone, o 11º melhor cantor de todos os tempos. 

Além de tudo isso, ele ainda atua como defensor ferrenho dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. É membro honorário e participante ativo das campanhas do People for the Ethical Treatment of Animals - PETA (pelo tratamento ético dos animais).

McCartney é vegetariano e revelou como tomou essa decisão: "Há muitos anos, estava pescando e, enquanto puxava um pobre peixe, entendi: eu o estou matando, pelo simples prazer que isso me dá. Alguma coisa fez um clique dentro de mim. Entendi, enquanto olhava o peixe se debater para respirar, que a vida dele era tão importante para ele quanto a minha é para mim". 




A lenda do "ele está morto"


Há muito anos, em fins da década de 1960, se espalhou pelo mundo o boato de que McCartney havia morrido, quando, no dia  dia 12 de outubro de 1969, um telefonema anônimo ao DJ Russ Gibb da radio WKNR-FM de Dearborn, Michigan, informou sobre a morte dele dizendo que se a canção "Revolution 9" fosse ouvida ao contrário seria possível ouvir "turn me on, dead man" (reviva-me, homem morto).

Depois disso, o assunto virou fixação. Um estudante da Universidade de Michigan publicou uma revisão sobre o álbum Abbey Road detalhando vários indícios da morte de Paul McCartney. No dia 14 de outubro, um jornal de Michigan abordou o assunto. A lenda tomou força quando um DJ de Nova York, Ruby Yonge, falou em seu programa da WABC sobre a morte de McCartney. Ruby foi demitido imediatamente porém a rádio WABC podia ser escutada em quase todo o território americano, o que acabou fazendo com que a lenda tomasse proporções gigantescas.

Foram várias as versões sobre sua "morte". A mais comum delas é a de que ele teria morrido em um acidente de carro (evidência que os maníacos pelo assunto teriam encontrado na canção "A Day In The Life"). E a partir de sua morte os Beatles passaram a deixar pistas em seu trabalho sobre o fato. O indício mais forte que teria sido deixado pelos Beatles estaria na capa do álbum Abbey Road. Na capa há um fusca branco com a placa "LMW 281F", o "28 IF" significaria 28 anos se McCartney estivesse vivo (If significa "se" em português). 

Além disso, McCartney aparece descalço (como os mortos eram enterrados na Inglaterra), estava segurando o cigarro na mão direita (Paul é canhoto), e na placa do fusca branco as iniciais LMW poderiam significar Linda McCartney Weeps (em português Linda McCartney chora) ou Linda McCartney Widow (Linda McCartney viúva).


Mas MacCartney está aí, vivíssimo (graças aos Céus), esta semana aqui no Brasil, realizando shows e distribuindo talento e alegria para seus fãs.Se você, como eu, não pode ir ao show... Curta o primeiro vídeo abaixo, pra relembrar os Beatles e, no segundo, Sir MacCartney em seu trabalho solo.


Fonte: Wikipedia
Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani



















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segunda-feira, fevereiro 21

"ArisMúsica"

Arismar do Espírito Santo

Arismar do Espírito Santo nasceu em 09 de julho de 1956, Santos, São Paulo. É multi-instrumentista e, além de tocar contrabaixo, toca ainda guitarra, violão, piano e bateria, faz composições e arranjos harmônicos, por muitas vezes, considerados inusitados. Em 1998 foi eleito pela Revista Guitar Player, um dos dez melhores guitarristas do Brasil.


Seu irmão mais velho, o músico Paulo Roberto, fazia baile em Santos e ele ia vê-lo tocar. Além disso, havia uma roda de choro, onde sua mãe sempre cantava. Quando adolescente, por volta de 14 anos, trabalhava numa livraria e ouvia rádio, "onde tocava aquelas músicas, que eu não entendia nada: Jobim, Toninho Horta, Milton Nascimento. Quando eu comecei a tocar, não tinha a menor idéia de quem era Jacob do Bandolim ou Garoto. Depois, quando comecei a ter mais intimidade com o instrumento, percebi que tudo aquilo é muito louco, muito bonito", diz Arismar.


Sua formação musical começou com sua mãe e seu irmão, e ainda, de "ver o pessoal tocar", mas ele também cita nomes como Toninho Pinheiro, Nenê e Zinho (bateria); Baden Powel e George Benson (violão e guitarra);  Oscar Peterson e Ray Brown (contrabaixo). Segundo Arismar, quando ele ouviu Peterson e Brown tocando, pensou "como é que esse caras tocam isso?". 


Entre 1976 e 77, começou a se interessar pelo contrabaixo. "Fiquei louco com o poder do instrumento. Se você mudar o baixo, muda o acorde inteiro", diz. Nesta época já tocava violão. Em 1978, passou a tocar apenas contrabaixo e começou a gravar jingles para publicidade. Por volta de 1980, começou, em São Paulo um forte movimento de música instrumental, quando havia vários locais onde se tocava este tipo de som. Foi quando Arismar começou a compor suas próprias músicas. "Continuei fazendo publicidade, eu ficava o dia inteiro dentro do estúdio e tocava todos os estilos. Isso me ajudou muito. A profissão de músico é muito bonita", afirma.


Durante mais de 30 anos de carreira atuou em shows e gravações ao lado de grandes nomes da música brasileira e internacional como Hermeto Pascoal, César Camargo Mariano, Raul de Souza, George Benson, Dory Caymmi, Paquito D'Rivera, João Donato, Leny Andrade, Toninho Horta, Banda Mantiqueira, Naná Vasconcelos, Liliana Herrero, Trio Fattoruso, entre outros. 


Participou de várias turnês internacionais: com o Hermeto Pascoal Trio esteve em sete países da Europa; apresentou-se no Blue Note de Tokio e Fokuoka, no Umbria Jazz Festival, em Portugal (Expo 98), em Paris como solista do Projeto Pixinguinha e como diretor musical da Caravana do Estado de Tocantins (ano Brasil França), nos EUA ministrando Master Classes e apresentando concertos em circuito universitário (Trinity College, Rhode Island College, Wheeler School Providence, University of Hartford, Real Art Ways, Newigton Public Library), na Argentina e Uruguai como representante brasileiro do Projeto Veredas Del Sur e na Dinamarca ministrando Master Classes. 


Vem assinando e dirigindo vários Projetos Musicais como "Cordas à Solta", "Alô Bateria", "Canção sem Fronteiras", "Grandes Encontros: Tributo à Delicadeza", "Som da Cidade", "Bossa: um tributo Paulista", "Chorando Baixo", entre outros. Arismar é um entusiasta da música, apaixonado pelos sons musicias, mas se queixa da falta de estímulo e de interesse pela musica instrumental no Brasil. "A música instrumental ocorre completamente longe do show bussiness. Não existe uma imprensa especializada em música instrumental." Por outro lado, afirma que vê, "daqui uns vinte anos, um monte de músicos brasileiros estourando porque eles não têm preconceito. A música boa é feita no ato. A música popular brasileira é muito grande".





Textos e Fontes: 
www.vozesdamusicainstrumental.com
www.arismardoespiritosanto.com.br
Pesquisa e redação final: CrisViduani



Foi bastante complicado encontrar vídeos com solos de Arismar no baixo. Depois de muito "garimpar", encontrei o vídeo abaixo. Se alguém souber de outros links, por favor, avise... :)))











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segunda-feira, fevereiro 7

The "Way"

Pete Way



Peter Frederick 'Pete' Way nasceu em 7 de agosto de 1951, em Enfield, Middlesex, Inglaterra. Começou sua carreira como músico de estúdio para muitos artistas. Tocou em bandas dos tempos de colégio e, mais tarde, criou um grupo com amigos Phil Mogg, Andy Parker e Mick Bolton, que se tornou a formação original da banda "UFO". Depois de dois álbuns com o guitarrista original, a banda recrutou o guitarrista Michael Schenker do Scorpions e, em seguida, contratou o tecladista Paul Raymond. Way também foi baixista das bandas "Waysted", "Fastway" e da banda de Ozzy Osbourne. O "UFO" lançou vários álbuns e singles e por duas vezes esteve no "UK top 40 hits".


O álbum de estréia do grupo Waysted, "Vices" foi lançado em 1982 e alcançou o 78º lugar nas paradas britânicas. O terceiro álbum da banda "Save your Prayers", já com Danny Vaughn no lugar do guitarrista Paul Chapman, era o seu maior sucesso na América, onde alcançou a 185ª posição. Em 1992 se juntou a Phil Mogg no UFO e lançou o álbum "High Stakes" e "Dangerous Men". Way permanece na banda até hoje. No entanto, ele não conseguiu participar da turnê de 2009 para o álbum "The Visitor", devido a uma doença que afeta seu fígado.


Way também lançou dois álbuns pelo "Damage Control" nos últimos 3 anos. O primeiro álbum "Damage Control" foi gravado com Robin George, Spike da "Quireboys" e Chris Slade do "AC/DC", o 2 º álbum foi gravado como trio formado por Robin e Way dividindo os vocais, além do bateirista Chris Slade. Ele tem contribuído, ainda, com o "Damage Control" de Robin 
(www.damagecontrolmusic.com) e foi convidado a participar da turnê da "LovePower".




Discografia: Listo abaixo apenas a discografia com a UFO. 


  • 1970 UFO 
  • 1971 Flying 
  • 1972 UFO Live
  • 1974 Phenomenon
  • 1974 Live In Concert 
  • 1975 Force It 
  • 1976 No Heavy Petting
  • 1976 Space Metal
  • 1977 Lights Out 
  • 1978 Obsession 
  • 1979 Strangers In The Night
  • 1980 No Place to Run
  • 1981 The Wild, The Willing And The Innocent 
  • 1982 Mechanix
  • 1986 Anthology
  • 1988 The Best Of The Rest
  • 1992 High Stakes & Dangerous Men 
  • 1992 Lights Out In Tokyo
  • 1992 Live In Japan
  • 1992 The Essential UFO
  • 1993 T.N.T.
  • 1995 Walk On Water
  • 1995 Heaven's Gate
  • 1996 Best Of UFO: Gold Collection
  • 1997 X-Factor: Out There & Back
  • 1998 On With The Acton
  • 2000 Covenant 
  • 2000 Live In Texas
  • 2001 Regenerator - Live 1982
  • 2002 Sharks
  • 2004 You Are Here
  • 2004 Flying: The Early Years 1970-1973
  • 2005 Showtime 
  • 2006 The Monkey Puzzle
  • 2006 An Introduction To UFO CD


Textos e fontes:
Wikipedia
Website do artista: www.peteway.net
Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani






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segunda-feira, janeiro 17

O Produtor

Liminha



Arnolpho Lima Filho, mais conhecido como Liminha, nasceu na cidade de São Paulo, em 5 de maio de 1951. É músico auto-didata, compositor e produtor musical. Começou sua carreira como baixista do grupo Os Baobás, antes de ser chamado para acompanhar Os Mutantes em 1970, sendo efetivado na banda posteriormente. Em 1974, se afastou dos Mutantes e deu início à sua atividade de produtor.


Filho de um farmacêutico violinista e violonista e de uma dona-de-casa pianista, Liminha cresceu ouvindo música. Aos 9 anos, enquanto soltava pipa em São Paulo, uma amigo o chamou para ver "tres caras tocando em uma garagem", e ele, que nunca tinha visto uma guitarra antes, caiu de amores de vez pela música e pelo Rock'nRoll. Assim que viu a banda de garagem ensaiando, tratou de fazer um grupo musical na escola, o "The Shermans" que, na verdade era um trio, sem a guitarra base. Mais tarde foi convidado a tocar no "Lunáticos", grupo que se apresentava em programas de televisão. O sonho era se apresentar na "Jovem Guarda", sucesso da televisão na época, mas a pouca idade dos componenetes do grupo, que tocava twist e suf music, ainda não permitia a apresentação no programa de Roberto Carlos e sua "turma".


Passado algum tempo, foi tocar no grupo cover chamado "Baobás". Segundo Liminha, "foi tocando com os Baobás e, por conseguinte, com o Caetano, que conheci "Os Mutantes", nos bastidores de uma emissora de TV." Assim, deixou os Baobás e tocou com os Mutantes em um dos famosos festivais da extinta TV Excelsior de São Paulo. No Festival foi apenas uma música: "Mágica", que foi gravada no álbum "Mutantes", em 1969. Liminha permaneceu no grupo do final daquele ano até por volta de 1975. Em 1976 Liminha muda-se para o Rio de Janeiro e, já no final do mesmo ano, começa a produzir e deixa o contrabaixo de lado. Sua primeira produção, devidamente "assinada" foi no disco das Frenéticas, porém, antes disso, já havia produzido a Banda Black Rio e Carlos Dafé, mas como era apenas assistente de produção, acabou assinando como "direção de estúdio". Daí para a frente, Liminha nunca mais parou de trabalhar como produtor de discos, mas nem por isso deixou de tocar seu contrabaixo, o que faz em gravações de estúdio e em eventuais shows e turnês. Liminha conta que sempre é "convidado" a gravar um disco e fala, rindo: "Pode ser, pode ser... Mas vou chamar alguém para produzir."


Não existe discografia de Liminha como baixista.





Textos e Fontes:
Wikipedia
Entrevista concedida ao site www.jovemguarda.com.br
( www.jovemguarda.com.br/entrevista-liminha.php)
Pesquisa e redação final: CrisViduani















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segunda-feira, janeiro 10

A Stone Rolling Alone

Bill Wyman (foto: Jaco Barth)

William George Perks, mais conhecido como Bill Wyman, nasceu em 24 de outubro de 1936, em Penge, distrito londrino de Bromley, Inglaterra. Ficou conhecido como baixista da banda de rock The Rolling Stones, onde tocou por 30 anos, de 1962 até 1992. Começou a ter aulas de piano aos 10 anos e aprendeu a tocar contrabaixo sozinho. 


É um dos cinco filhos de William Perks, um pedreiro, e sua esposa, a dona-de-casa, Molly. Passou a maior parte de sua vida vivendo em um sobrado em uma das ruas mais ásperas de Sydenham, no sudeste de Londres. Ele descreve sua infância como "marcada pela pobreza". Frequentou a "Beckenham and Penge Grammar School" de 1947 até a Páscoa de 1953, quando seu pai lhe conseguiu um emprego de "bookmaker" em uma casa de apostas e insistiu para que ele aceitasse o trabalho, o que fez com que abandonasse os estudos antes de receber o certificado de conclusão. 


Um ano após seu primeiro casamento em 24 de Outubro de 1959, com Diane Cory, uma bancária de 18 anos de idade, ele comprou uma guitarra elétrica Burns usada por £52, mas depois de ouvir um baixo no show The Barron Knights', se rendeu ao som grave e decidiu que este era o seu instrumento. A falta de dinheiro, porém, o levou a construir seu primeiro baixo fretless elétrico, removendo os trastes de um baixo velho, que ele resolveu "reciclar" e tocou com ele em uma banda do sul de Londres, a "Cliftons". Nessa época usava o nome artístico de "Lee" Wyman, trocado mais tarde para "Bill".


Mantém uma sólida amizade com o guitarrista Mick Taylor - primeiro integrante dos Stones a deixar voluntariamente a banda - e continua a trabalhar com ele em projetos solo. Também se apresenta com a banda "Bill Wyman's Rhythm Kings" em turnês por vários países. Já produziu e compôs trilhas sonoras para cinema e televisão.


Guarda um diário desde que era criança até o término da segunda Guerra Mundial, que foi bastante útil à ele como autor de sete livros, que venderam dois milhões de cópias, entre eles "Stone Alone" e "Rolling With The Stones". Seu amor pela arte o levou a ser um exímio fotógrafo e hoje tem suas fotos expostas nas grandes galerias do mundo.


Tornou-se arqueólogo amador e gosta de caçar relíquias. A "The Times" publicou um artigo sobre seu hobby na edição de 02 março de 2007. Ele desenhou, patenteou e comercializa a "Bill Wyman Signature Metal Detector", usada por ele para encontrar relíquias que remontam ao tempo dos romanos na zona rural inglesa. Como empresário, possui vários empreendimentos, incluindo o famoso Café Sticky Fingers e um "rock & roll bistrô temático", que serve cozinha americana, aberto pela primeira vez em 1989 na área de Kensington em Londres e, mais tarde, em Cambridge e Manchester, na Inglaterra.


Apesar da reputação de ser o Stone mais calmo e quieto, esteve envolvido em uma grande polêmica nos anos 80 quando começou a sair com uma modelo adolescente, Mandy Smith, que tinha 13 anos na época em que o conheceu. Os dois se casaram em 1989 e se divorciaram em 1991. Quase não cantava com os Stones à excessão da música "In Another Land", do álbum "Their Satanic Majesties Request", onde Wyman faz uma boa performance vocal.


Discografia: Abaixo listo apenas seus álbuns solo. A discografia completa pode ser encontrada no website do artista.
  • 1974 Monkey Grip
  • 1976 Stone Alone
  • 1982 Bill Wyman
  • 1985 Willie & The Poor Boys
  • 1992 Stuff
  • 2002 A Stone Alone: The Solo Anthology 1974-2002
Textos e fontes:
Wikipedia
www.billwyman.com
Pesquisa, redação final e tradução livre: CrisViduani





Abaixo, no primeiro vídeo, uma performance de Bill Wyman e Peter Frampton, onde Charlie Watts, batera do The Rolling Stones também participa. Em seguida, Wyman toca com a "Bill Wyman's Rhythm Kings".










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